quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Filme: Paradise Now

Said e Khaled são dois palestinos amigos de infância, escolhidos, quase que sem aviso, para um ataque suicida. Eles aguardavam sua hora há vários anos e, quando ela chega, ambos têm tempo apenas para passar a última noite com as respectivas famílias. Durante suas últimas horas de vida, um parece estar em dúvida sobre a ação enquanto o outro, filho de um colaborador executado como traidor, não hesita em seguir seu destino.
O filme não demonstra tomar partido. Retrata os suicidas com humanidade, mas introduz personagens que os fazem pensar, como Suha, uma ativista da luta pacífica que percebe o que vai acontecer e tenta fazê-los mudar de ideia debatendo. Importante também é a figura da mãe de Said, que dá ao filho uma nova visão sobre os chamados traidores.

Uma ótima opção de filme que mostra de uma forma diferente um tema que não faz parte do cotidiano brasileiro, trazendo a figura do homem bomba que para os nossos costumes traveste-se de incoerência.



Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=WKAGFmO18MQ

sábado, 19 de outubro de 2013

Mostratec reunirá jovens cientistas de mais de 20 países

Considerada a maior feira de ciência e tecnologia da América do Sul, a 28ª edição da Mostratec - Mostra Brasileira de Ciência e Tecnologia e Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia, terá representantes de 27 países e de todos os Estados brasileiros.

A Mostratec acontece entre os dias 21 e 24 de outubro, no Centro de Eventos Fenac, em Novo Hamburgo. Além da Mostra, considerada uma referência internacional entre as feiras do gênero, ocorrerá, paralelamente, a Mostratec Júnior (para estudantes do ensino fundamental), o 20º Seminário Internacional de Educação Tecnológica (Siet), os Jogos Mostratec, o Intel Educators Academy, o Congresso Internacional de Técnicos, o Festival Mostratec de Robótica e o Digital Game Expo.

A Mostratec reúne jovens cientistas entre 14 e 20 anos de idade. Nesta edição da feira serão apresentados 350 projetos, distribuídos em 13 diferentes áreas. Cada uma das categorias destacará os quatro melhores classificados e os destaques gerais receberão prêmios de tecnologia oferecidos por diversas empresas e instituições, tais como: APM Liberato, Intel, Killing, Corsan, Assembleia Legislativa/RS, Braskem, Crea-RS, Prefeitura de Novo Hamburgo, Comusa, Unesco, Sintec/RS, ThyssenKrupp, entre outras.

Da mesma forma, 12 universidades estarão premiando projetos com bolsas integrais de estudo. São elas: Feevale, Faccat, Unisinos, Centro Metodista IPA, UCS, UniRitter, Univates, UPF, Ulbra, Fatec, Faculdades QI e Faculdades IENH. 

Países que estarão na Mostratec 2013: Brasil, Argentina, Bolívia, Cazaquistão, Chile, Colômbia, Costa Rica, Dinamarca, Egito, Equador, Espanha, EUA, Holanda, Honduras, Índia, Indonésia, Itália, México, Panamá, Paquistão, Paraguai, Peru, Suíça, Tunísia, Turcomenistão, Turquia e Uruguai.

A feira estará aberta ao público das 14h às 21h e a entrada é franca. Mais informações sobre o evento estão à disposição no site www.mostratec.com.br

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Reconhecedor de si mesmo

Ocorreu na escola nos dias 30/09 a 05/10 a 17ª Feira Interna de Ciência e Tecnologia (FEICIT) na Fundação Liberato. Durante a feira foram expostos trabalhos feitos pelos alunos da Fundação, dentre os quais chamou a atenção um trabalho com o título de "Reconhecedor de Si mesmo" dos alunos Bruno Brum e Leonardo Santos da turma 2124. Segundo as instruções, basta assoprar o apito embutido e colocar os fones de ouvido que você ouvirá sua voz interior lhe falando tudo que você não sabia sobre si mesmo.De uma forma inusitada, o projeto nos faz pensar no quanto nós damos importância para a opinião alheia sobre a nossa vida e o nossos atos.
Ocorreu na escola nos dias 30/09 a 05/10 a 17ª Feira Interna de Ciência e Tecnologia (FEICIT) na Fundação Liberato. As alunas Bianca Barbosa e Carol Mentz do Curso Técnico de Eletrotécnica,  responsáveis pelo projeto CAESPH desenvolveram uma cancela autossustentada por energia solar e pressão hidráulica. O projeto já vem sendo desenvolvido há dois anos, e as garotas pretendem desenvolver a parte eletrônica da cancela no ano de 2014.
Este projeto foi selecionado para participar da MOSTRATEC 2013 que será realizada de 20 a 25 de outubro no Centro de Eventos Fenac em Novo Hamburgo, RS – Brasil.
Ocorreu na escola nos dias 30/09 a 05/10 a 17ª Feira Interna de Ciência e Tecnologia (FEICIT) na Fundação Liberato. Os alunos Jonathan Mergener e Maiara Costa do Curso Técnico de Eletrotécnica,  responsáveis pelo projeto Desafio 0,92 desenvolveram um controlador de banco de capacitadores para a correção de baixo fator de potência que é mais viável para o consumidor de baixa renda. O projeto se desenvolveu a partir de pesquisas bibliográficas, elaboração e aplicação das ferramentas de pesquisas, formulário, questionário e entrevistas. Este projeto foi selecionado para participar da MOSTRATEC 2013 que será realizada de 20 a 25 de outubro no Centro de Eventos Fenac em Novo Hamburgo, RS – Brasil.


Projeto apresentado na FEICIT 2013 propõe diminuir o impacto ambiental.

Ocorreu na escola nos dias 30/09 a 05/10 a 17ª Feira Interna de Ciência e Tecnologia (FEICIT) na Fundação Liberato.
As alunas Bruna Kremer, Fernanda Shäfer e Andressa Souza do 2º ano do Curso Técnico de Eletrotécnica,  responsáveis pelo projeto Eco Tênis, desenvolveram um tênis ecológico que utiliza produtos com menor impacto ambiental e ao mesmo tempo apresenta os requisitos adequados para um tênis que terá possível benefício a diminuição da poluição causada pelos calçados tradicionais. O projeto recebeu 1º Lugar categoria Iniciação Científica modalidade A (1ºs e 2ºs anos).

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Coisas que gaúcho fala...

Em 20 de setembro de 1835, os farroupilhas, liderados por Bento Gonçalves, venciam o confronto da Ponte da Azenha e entravam na província de Porto Alegre. Iniciou-se a Guerra dos Farrapos, o mais duradouro conflito armado da história do Brasil, que resultou na declaração de independência do Estado do Rio Grande do Sul, dando origem à República do Piratini, que durou cerca de sete anos. A importância do dia 20 de setembro é tão grande que em 1978 foi decretado feriado em todo o Estado pela lei estadual 4.453/78.

Seguindo o baile, ai vai uma lista com expressões que usamos e nem notamos, de tradição puramente gaúcha!


Coisas que Gaúcho Fala

por Danúbia Peters

"Guri de Merda"
"Parô o arreganho"
"Bah, bem certinho!"
"Avacalho o bagulho"
"Bah meu não viaja"
"Enchi o buxo"
"8 pila de guisado"
"Me vê 4 cacetinho"
"Não te fresqueia"
"Te larguei pras cobra"
"Bah, pior"
"A mãe deu uma mijada"
"Não ta morto quem peleia"
"A moda miguelão"
"É bem teu tipinho"
"imundícia"
"Mas é um bocaberta mesmo"
"Prende o grito"
"Eu me apavoro"
"Te some da minha frente"
"E a faca vem de brinde?"
"Não te espicha que a coberta é curta"
"Devagarito e sempre"
"Desembucha logo"
"To com uma caganeira..."
"Bati o garrão"
"Fica frio..."
"Mas vai cortar essas gadeia"
"Te agarra no puta merda"
"Deu pra ti"
"É bem coisa de piá mesmo"
"Ganha tudo de mão beijada"
"Mais amassado que dinheiro de bêbado"
"Ta se mijando de tanto rir"
"Mas vai rachar uma lenha"

E pra finalizar: "Me caiu os butiá do bolso"

Para saber mais, acesse: TchêPédia

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Cortar o Tempo

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.
Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade foi um poeta, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. Nasceu em 31 de outubro de 1902, e faleceu em 17 de agosto de 1987.

Canção de Outono


Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.

De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o própro coração?

E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando áqueles
que não se levantarão...

Tu és a folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...


Cecília Meireles


Anotação: Cecília Benevides de Carvalho Meireles, conhecida como Cecília Meireles, foi uma poetisa, pintora, professora e jornalista brasileira. É considerada uma das vozes líricas mais importantes das literaturas de língua portuguesa. Nasceu em 7 de novembro de 1901 e faleceu em 9 de novembro de 1964.

Um Judeu Vitorioso

Novembro de 1937.
“Hoje foi mais um dos dias que pretendo apagar da minha memória, talvez o mais odiável dos dias. Nesse inferno para o qual me trouxeram, vejo pessoas morrerem dia a dia, muitas já não vivem, apenas existem para suportar os trabalhos que fazem para os porcos do exército. Mas amanhã tudo pode mudar, amanhã, darei um jeito de tirar minha família deste inferno.”
            Avharon abriu os olhos, acordou com o barulho do apito e viu que o trem estava parando na estação. Pegou sua mala e seguiu a multidão. Não sabia muito bem onde estava e não entendia o que as pessoas falavam, nem mesmo o que dizia nos letreiros luminosos que pareciam estar por toda parte. Aos outros era imperceptível, novidade para ele, quando na Alemanha, parecia que ele era um próprio letreiro luminoso, todos o olhavam como se fosse um pedaço de comida podre caminhando por ai. Mas ali era somente mais um homem comum. Moreno, cabelos castanhos, levando na face o semblante triste de quem tinha passado dois anos em um campo de concentração nazista, trabalhando para suprir as vontades dos soldados do exército Nazista. Sorriu ao reconhecer seu tio, que não era o tipo de homem tão imperceptível como Avharon. Elazar, seu tio, era alto, musculoso, e carregava no corpo as marcas de um passado cruel. As mãos calejadas pelo trabalho forçado acariciaram o rosto do sobrinho, que foi abraçado e recebeu tapas nas costas. Enfim, estaria seguro.
Seus pais ficaram no campo de concentração, não conseguiram fugir, e naquele momento era improvável que ainda estivessem vivos. Mas ele não queria pensar nisso. Ainda lhe doía no peito ter que deixar seus pais para trás para poder viver. Seu pai sempre seria seu herói, talvez por serem tão parecidos. O que Avharon sentia no peito era resultado do que cresceu ouvindo: a raiva que seu pai sentia por ter de levar a vida servindo aos alemães. Aquele homem que um dia sonhara em ser médico, que estudou para isso durante muito tempo, teve seu futuro cortado, e isso deixou marcas imensas de uma raiva insana.
Apesar de tudo na cidade parecer novo para Avharon, era como estar em casa. Qualquer lugar no mundo seria melhor para ele do que aquele quarto cheio de pessoas desnutridas com roupas em péssimas condições de uso, ou naquela cozinha em que não recebiam comida, mas sim, trabalhavam para servir os homens do exército. Depois de tanto tempo sendo um “bom judeu”, ele conseguiu fugir. E era naquela cidade brilhante que ele iria reconstruir sua vida.
Avharon dormiu por uma noite inteira, e uma longa manhã. Recebeu uma refeição simples, mas um banquete dos deuses se comparado ao que ele comia antes. Não entendia muito a língua dos que ali viviam, mas era um ótimo trabalhador, e talvez por isso tenha conseguido fugir. Procurou um emprego, para ajudar seus tios, e apesar do grande preconceito por ser judeu, conseguiu um trabalho de pedreiro. Ele aprendia rápido, e logo conquistou a confiança do chefe. Poucas palavras saiam de sua boca, mas muito trabalho era feito por suas mãos.
Apesar de aprender rápido, Avharon não tinha a técnica dos demais pedreiros. Não saber a língua deles atrapalhava na comunicação, assim, por mais que tentassem ensinar a ele algumas das suas técnicas, Avharon não entendia muito bem. Com seu esforço e boa vontade, aprendeu apenas observando e enquanto muitos eram dispensados, ele continuava seu trabalho.

A cidade luminosa se tornou padrão para Avharon, os letreiros começaram a fazer sentido, e aos poucos ele reconhecia frases nas conversas a sua volta. As dificuldades no seu emprego foram vencidas pelo seu esforço. Ele conquistou seu espaço pela persistência. E um dia, talvez, conseguiria provar para o mundo e para ele mesmo que sua raça e o lugar de onde ele veio não o definem, não o tornam diferente. Sua vingança era ser livre. Sua vontade era ser melhor. Sua conquista foi conseguir fugir. E talvez daqui a algumas décadas, alguém conte a sua história em uma redação da escola.
Danúbia Peters, aluna do 1º ano do curso de Eletrotécnica na F.E.T.L.S.V.C. turma 2112.
O que significa ELETRO para você?


  • Eletro é essencial na minha vida. Depois de tudo que já passei, é impossível viver sem.
Anderson Ludwig, aluno do 4º ano do curso de Eletrotécnica na F.E.T.L.S.V.C. turma 2423.

  • Eletro representa meu futuro, é praticamente um estilo de vida.
Lucas Gasparin, aluno do 3º ano do curso de Eletrotécnica na F.E.T.L.S.V.C. turma 2311


  • Eletro é importante para mim, pois é o que eu vou viver daqui para a frente.
Pedro Henrique dos Santos, aluno do 2º ano do curso de Eletrotécnica na F.E.T.L.S.V.C. turma 2224

  • Eletro é a melhor escola que eu já fiz na minha vida.
 Gustavo Marques, aluno do 1º ano do curso de Eletrotécnica na F.E.T.L.S.V.C. turma 2112

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Filme: Narradores de Javé

9541


             Somente uma ameaça à própria existência pode mudar a rotina dos habitantes do vilarejo de Javé. Eles se deparam com o anúncio de que o local pode desaparecer sob as águas de uma enorme usina hidrelétrica. Diante da notícia, a comunidade adota uma ousada estratégia: preparar um documento oficial, contando todos os grandes acontecimentos heróicos de sua história, justificando sua preservação. Como a maioria dos moradores é analfabeta, a primeira tarefa é encontrar alguém que consiga retratar os acontecimentos. O principal candidato a realizar a tarefa é o anárquico Antônio Biá (José Dumont), o único do vilarejo que sabe escrever. Mas as pessoas não conseguem chegar a um acordo sobre quais versões correspondem à realidade do lugar, iniciando um duelo poético entre os contadores com suas histórias, muitas vezes fantásticas e lendárias.